Futuro da Opel, segundo o Grupo PSA: menos modelos e com tecnologia francesa
Desde que o Grupo PSA avançou, para surpresa de muitos, para a compra da Opel que se aguardava com enorme expectativa pelo plano que Carlos Tavares, o português que lidera o grupo francês, reservada para o construtor alemão. Esse plano estará prestes a ser revelado (fala-se em quinta-feira), mas o jornal alemão "Frankfurter Allgemeine Zeitung" avançou com o que será anunciado: em termos gerais, a Opel passará a ter menos modelos e, no geral, serão feitos recorrendo a tecnologias oriundas do Grupo PSA!
No fundo, Carlos Tavares parece aplicar à Opel a mesma receita que aplicou na Peugeot Citroen quando ali chegou em 2014 (reduziu de 42 para 26 a oferta de modelos e passageiros) e com resultados inegavelmente positivos, apesar de algumas medidas dolorosas… e isso tem, obviamente, espalhado fortes receios entre os trabalhadores da Opel sobre o nível de cortes que este novo plano poderá implicar. Até porque Tavares disse desde o primeiro dia que um dos problemas da marca alemã é que os custos de produção dos seus carros eram muito superiores aos dos seus concorrentes…
Se no "design" a Opel manterá total independência, em termos de grupos mecânicos (motores e caixas de velocidades) virá, aos poucos, a integrar os componentes da PSA, considerados mais eficazes no que respeita a consumos e emissões. Isso já sucede, aliás, nos novos SUV que a Opel tem vindo a lançar e já feitos em parceria com o Grupo PSA, mesmo antes do negócio da compra ser concluído. Uma coisa é certa, cada projecto terá de dar lucro, o que parece deixar o eléctrico Ampera-e em maus lençóis…
Entretanto, o "Frankfurter Allgemeine Zeitung" vai ao detalhe de contar que os cortes impostos por Carlos Tavares já chegaram ao ponto de se terem acabado os biscoitos nas reuniões internas da Opel e os iPhone como telemóveis de serviço! Ao mesmo tempo, os seus emissários franceses faziam questão de colocar em evidência as enormes perdas sofridas nos últimos anos e a necessidade de pôr termo à situação… É o que se chama entrar ao ataque!